A Falsificação da história e dos factos históricos é um assunto que tem levantado muitos ânimos, principalmente quando se fala da falsificação da História africana e em particular a do Egito antigo. A egiptologia por exemplo desempenhou muito bem o pepel de forjar factos para separar o Egito do resto continente africano.
Em alguns casos,
artefacto eram alterados para dar sentido ou seja, responder ou servir de
suporte das várias teses que eram levantadas.
Neste artigo vamos olhar
um pouco sobre a polemica envolvida no busto da rainha Nefertiti.
Quem
foi Nefertiti?
Um "altar da casa" (c. 1350 aC) representando Akhenaton, Nefertiti e três de suas filhas. Nefertiti é mostrada usando uma coroa semelhante à representada no busto.
Nefertiti, cujo nome significa “a mais bela chegou”, foi uma importante rainha egípcia da XVIII dinastia.
Ela nasceu por volta de 1380 a.C.
e faleceu cerca de 1345 a.C.
Nefertiti foi a esposa oficial do faraó Amenhotep IV, também conhecido como Akhenaton. Ela desempenhou um papel
fundamental na mudança radical da
política religiosa do estado, promovendo o primeiro conhecido monoteísmo, centrado no disco solar Aton. Junto
com seu marido, ela reinou durante o que provavelmente foi o período mais rico da história egípcia antiga.
Após a morte de Akhenaton, alguns estudiosos acreditam
que Nefertiti governou brevemente como
a rainha-faraó Neferneferuaten. Essa identificação, no entanto, ainda é
objeto de debate contínuo, se
ela realmente governou como faraó, seu reinado foi marcado pela queda de Amarna
e a mudança da capital de volta para a
cidade tradicional de Tebas.
O Busto de Nefertiti e as polémicas envolvidas
No século XX, Nefertiti ficou famosa pela descoberta e
exibição de seu busto antigo, atualmente no Museu Neues, em Berlim. Esse busto que
a muito se acreditava ser uma obra original é uma das obras mais copiadas da
arte do antigo Egito.
O Busto apresenta as feições elegantes e cinzelado um
pescoço alongado, um nariz fino, acreditando-se assim que tenha sido uma mulher
fora dos padrões africanos, pelo menos essa tem sido a crença popular e
científica que desde sempre atraiu meio milhão de turistas para ver essa
escultura no museu de Berlim.
Mas depois de alguns anos de admiração, surgiram
dúvidas sobre a autenticidade do busto de calcário e gesso pintado da rainha
egípcia da 18ª dinastia, Nefertiti, de acordo com dois autores que afirmam se
tratar de uma falsificação pura.
Em 2009 uma notícia preocupou arqueólogos e
egiptólogos e trouxe a tona esquemas de uma das mais famosas ações de
contrabando ligada à arqueologia egípcia. Um historiador suíço chamado Henri Stierlin lançou para a impressa
que o famoso busto da rainha Nefertiti, que está na Alemanha, seria uma
falsificação.
Segundo um historiador de arte suíço, o busto tem
menos de 100 anos. Henri Stierlin disse que a impressionante obra, atualmente a
joia do renascido Neues Museum, foi
na verdade criada por um artista encomendado por Ludwig Borchardt, o arqueólogo alemão responsável pela escavação de
Nefertiti fora das areias do antigo assentamento de Amarna, 90 quilômetros ao
sul de Cairo, em 1912.
Em seu livro Le Buste de Nefertiti – une impostura de
l'Egyptologie? (O busto de Nefertiti – uma fraude da egiptologia?),
Stierlin afirmou que o busto foi criado para testar antigos pigmentos
pictóricos usados pelos egípcios. Mas depois que ela foi admirada por um
príncipe prussiano, Johann Georg, que foi seduzido pela beleza de Nefertiti,
Borchardt, disse Stierlin, "não teve coragem de fazer seu convidado
parecer estúpido" e fingiu que era genuíno.
Em Berlim, o autor e
historiador Edrogan Ercivan também afirma esta ideia no seu livro Missing Link in Archaeology, no qual
também chamou o busto de Nefertiti de uma falsificação, modelado por um artista
à semelhança da esposa de Borchardt.
O entusiasmo público e
político pela descoberta na época levou Borchardt a mantê-la fora da vista do
público até 1924, argumentaram os autores. Ele o manteve em sua sala por 11
anos antes de doá-lo a um museu em Berlim, e desde então tem sido uma das
principais atrações turísticas da cidade.
A estátua era famosa e admirada
até mesmo por Adolf Hitler, que a
referia como “uma obra-prima única, um ornamento, um verdadeiro tesouro”.
Testes radiológicos realizados
na estátua pelo hospital Charité de Berlim “supostamente” mostraram
que o busto tem mais de 3.000 anos. Os testes revelaram um rosto oculto
esculpido em calcário no centro da estátua. Mas Stierlin argumentou que, embora
seja possível que a datação por carbono dos pigmentos, que parecem ser egípcios
antigos, esteja correta, é impossível datar com precisão o busto, uma vez que é
feito de pedra coberta de gesso.
Segundo o historiador o
busto esta tão perfeito que e limpo que não se compra com vários artefactos egípcios
já encontrados e que datam a 3.300 anos. Um outro facto é que no mesmo local e
no mesmo tempo, foi também encontrado o busto do seu marido Akhenaton, mas este por sua vez estava completamente desfigurado. Como justificar
então o busto de Nefertiti
superou
o tempo estando nas mesmas condições de preservação que os outros?
Apesar das polemicas em
volta do busto, ele continua a ser uma atração turística no museu de Berlim na
Alemanha, tornando-se uma joia valiosa para os alemãs, que negaram desde sempre
devolver a arte no museu egípcio.
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