Grande parte das pessoas
desconhecem a existência das contribuições dos negros para a ciência e
tecnologia. Isto está fortemente relacionado à cultura eurocêntrica da
sociedade, onde a genialidade provém apenas do homem branco, já o negro foi
desde sempre considero um ser um cérebro menos desenvolvido.
Por este e outros motivos, nas
salas de aula, em programas de televisão, cinema e também nas relações sociais
é revelada apenas a contribuição do homem branco, isto acontece até mesmo
dentro do próprio continente, as contribuições dos negros acabam sendo omissas,
quando se fala dos povos negros, ou em geral de África, retrata-se apenas em
termos de cultura, mostrando as danças e outros aspectos que por vezes os
consideram como tribais. Mas será que não existem mentes brilhantes na história
desse povo? Como justificar a ausência de negros na história das invenções
tecnológicas do mundo?
Neste artigo vamos analisar um
pouco sobre esta temática começando desde a pré-história até aos nossos dias.
As contribuições das sociedades negras na revolução tecnológica
As contribuições tecnológicas do
povo negro que ajudaram a revolucionar o mundo contemporâneo não é de hoje. A
primeira técnica de agricultura, o arado tracionado por bois, que revolucionou
a produção agrícola, foi inventada por esses povos em meados 2700 a.C. Foram os
antigos egípcios, que introduziram a técnica de mineração de metais preciosos:
ouro, estanho, ferro, cobre, etc. Os africanos antigos também foram os
primeiros a desenvolver a escrita e o papel, este último vindo da planta papiro, abundante nas margens
do Rio Nilo. Além disso, os antigos hieróglifos egípcios foram um dos dois
primeiros sistemas escrita inventados pelos seres humanos. Ao mesmo tempo se
formos a falar da arquitetura o edifício que lançou bases para a indústria da
construção civil foi, a pirâmide de
Saqqara , no Antigo Egito desenhada por um africano negro que era
arquiteto, sacerdote e o pai da medicina científica o tão conhecido 𝐈𝐦𝐡𝐨𝐭𝐞𝐩.
Os inventores negros na ciência e tecnologia
Antes de tudo é importante
ressaltar que ao longo da história a população africana criou e teve acesso à
escola, escrita e universidades, como 𝐏𝐞𝐫 𝐀𝐧𝐤𝐡
no Egito antigo, 𝐒𝐚𝐧𝐤𝐨𝐫𝐞
no Mali e 𝐀𝐥 𝐊𝐚𝐫𝐨𝐮𝐢𝐧𝐞
em Marrocos, instituições estas omitidas pelo ensino etnocêntrico e
eurocêntrico. Milhares de invenções vêm dos povos negros como por exemplo as
ferramentas agrícolas, armas, metalurgia, medicina, materiais de construção,
política, astronomia, engenharia, urbanismo, direito, entre outros.
Na astronomia por exemplo,
pode-se levantar a contribuição dos antigos 𝐃𝐨𝐠𝐨𝐧,
no Mali. Eles já tinham noção o satélite da estrela 𝐒𝐢𝐫𝐢𝐮𝐬
antes mesmo da tecnologia moderna. Um outro especto, os 𝐃𝐨𝐠𝐨𝐧
também já conheciam mais de 80 elementos fundamentais da astronomia, e
documentaram isto através de desenhos
.Se formos falar da navegação, podemos encontrar factos históricos de que já ocorria no Egito, há mais de 2000 anos anteriormente aos portugueses; A matemática utilizada para dar vida às construções também foi um forte legado africano.
Na chamada Africa Subsaariana,
também existem vários registos de contribuições dos povos africanos um exemplo
são as ruínas da muralha do complexo urbano do 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞
𝐙𝐢𝐦𝐛𝐚𝐛𝐮𝐞́,
onde o método construtivo remete aos sítios históricos de 𝐌𝐚𝐜𝐜𝐡𝐮
𝐏𝐢𝐜𝐜𝐡𝐮
e 𝐂𝐮𝐳𝐜𝐨;
Uma outra contribuição que pode ser citada nesta área e a produção de aço e
fornos que atingiam temperaturas altíssimas, método até hoje vigorado na
indústria da construção civil para confecção de aço para variados usos.
Na sua obra 𝑩𝒍𝒂𝒄𝒌
𝑰𝒏𝒗𝒆𝒏𝒕𝒐𝒓𝒔
– 𝑪𝒓𝒂𝒇𝒕𝒊𝒏𝒈
𝑶𝒗𝒆𝒓
200 𝒚𝒆𝒂𝒓𝒔
𝒐𝒇
𝑺𝒖𝒄𝒄𝒆𝒔𝒔
Keith C. Holmes comprova que o processo de invenções não se originou na Europa
e que, de 1900 a 1999, inventores pretos patentearam mais de 6.000 invenções
Foi através de mentes africanas que se tornou possível a atual revolução
mundial em ciência e tecnologia.
Listamos abaixo 28 dos milhares
invenções patenteadas pelos negros:
- Estetoscópio: Imhotep; Egito Antigo;
- Unidade de ar condicionado para caminhões: Frederick M. Jones (1949);
- Processador de 1 gigahertz: Mark Dean (2000);
- Banco de sangue e embalagem para plasma sanguíneo: Charles Drew (1940);
- Quimioterapia: Jane Cooke Wright (1950-1960);
- Elevador: Alexander Miles (1887);
- Fibra ótica. Thomas Mensah: Setembro de (1987);
- Caneta: William B. Purvis; (1890);
- Motor: Frederick M. Jones (1939);
- Semáforo: Garrett Morgan (1923);
- Câmbio automático: Richard Spikes (1932);
- Guitarra: Robert F. Flemming (1886);
- Extintor de incêndio: T. Marshall (1872);
- Triciclo: M. A. Cherry (1886);
- Videogame (Fairchild Channel F, 1º videogame doméstico): Gerald Lawson (1976)
- Refrigerador: John Stanard (1891);
- Fogão: T. A. Carrington (1876);
- Vela de ignição para motores: Edmond Berger (1839);
- Máquina de escrever: Burridge & Marshman (1885);
- Máscara de gás: Garrett Morgan (1914);
- Microfone eletroacústico: James Edward Maceo West (1962);
- Acoplador automático de vagão de trem: Jenny Coupler (1897);
- Controlo de termostato: Frederick M. Jones (1960);
- Fabricação de açúcar: Norbet Rillieux (1846);
- Torpedo (imersível): André Rebouças(1865-1866);
- Escada antiincêndio: J. W. Winters;
- Óculos 3D: Kenneth J. Dunkley; 7 de março de (1989);
- Filamento de carbono da lâmpada elétrica: Lewis Latimer (1881)
Nota-se assim que os negros desde
as épocas remontas sempre contribuíram para a inovação tecnológica e continuam
até agora, a justificativa da ausência desses personagens na história da
revolução tecnológica é somente por mera questão racial.
" 𝕸𝖆𝖎𝖘 𝕬́𝖋𝖗𝖎𝖈𝖆, 𝖒𝖆𝖎𝖘 𝖆𝖒𝖔𝖗 𝖊 𝖒𝖊𝖓𝖔𝖘 𝖔́𝖉𝖎𝖔"
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